Departamento de Ciências Sociais e Humanas

Agrupamento Vertical de Escolas Luísa Todi

ESCOLA SEDE - EB 23 de Luísa Todi
e-mail: AVELT@sapo.pt

Coordenadora de Departamento: Professora Conceição Galhardo
Delegada de História e Geografia de Portugal, prof. Conceição Galhardo; Delegada de História – 3º C, prof. Luísa Ferreira; Delegada de Geografia – 3º C, prof. Tomásia Ferreira; Delegada de Ed. Moral e Religiosa Católica, prof. Dina Santos

13 fevereiro 2008

Reflexão da APH sobre as fichas de avaliação de professores do Ensino Básico e Secundário

Apesar de nos parecer positivo o facto de a legislação apontar para uma avaliação do efectivo desempenho dos docentes, consideramos que se podem verificar, na prática, um conjunto de situações conducentes à degradação do ambiente de trabalho nas escolas, acarretando um conjunto de equívocos inteiramente dispensáveis a um trabalho que se pretende de qualidade, gerador de situações reais de aprendizagem e formação.
Assim, entendemos que:
– Qualquer projecto de avaliação deve ser entendido numa perspectiva formativa, baseada na partilha de experiências, na entreajuda e na procura comum de soluções. Colocar professores a avaliar os seus "pares" numa situação de superioridade, esquecendo aqueles pressupostos parece-nos, à partida, comprometedor de todo o processo. Parece-nos igualmente comprometedor que quem avalia não tenha que ter qualquer formação em supervisão. Seria de grande utilidade que o Ministério da Educação não só procedesse a formação nessa área, como formasse equipas de supervisores por disciplina, encarregados de acompanhar formativamente os professores, como se faz na maioria dos países europeus mais desenvolvidos.
– A apresentação das fichas de avaliação carece de uma contextualização relativa a quando e como se integram no processo de avaliação. Se toda a avaliação deve ser entendida como um processo, como se pretende avaliar o trabalho do docente ao longo do ano lectivo nas suas múltiplas perspectivas, através de um conjunto de fichas que nos parecem desfasadas da realidade escolar e que por si só pouco podem mostrar de todo o trabalho por este realizado? O que se avalia? As aulas assistidas pelo coordenador?
Será essa a avaliação de todo um ano de trabalho? Em quantas turmas? Por que razão se apresentam apenas instrumentos de reflexão sobre a actividade do docente num momento específico do seu trabalho? Como se avalia a progressão do docente?
– Para além de não se estipular a que corresponde, em termos qualitativos, cada um dos níveis de desempenho apresentados, não fica claro o peso que cada ficha tem no cômputo geral da avaliação do docente.
– Não é estabelecida a forma como as aulas do docente a avaliar serão assistidas, nem quais os critérios e as fichas de observação a utilizar. Por outro lado, não se faz referência a outro tipo de instrumentos, tais como fichas e critérios de avaliação dos alunos ou recursos elaborados pelo professor.
– A melhoria dos resultados escolares dos alunos e a redução do abandono escolar são aspectos condicionados por um vasto conjunto de circunstâncias que não dependem exclusivamente do professor, como se parece entender da análise das fichas, uma vez essas condicionantes não são aqui equacionadas. Qual o papel da família, da comunidade, da escola, do currículo, dos tempos lectivos da disciplina?
– Um professor só pode ser avaliado em aspectos que constem do serviço que lhe é distribuído. Damos alguns exemplos: sendo conhecidas as especificidades dos cursos nocturnos, quais os critérios de avaliação dos professores que os leccionam? Será que critérios como o sucesso dos alunos, a sua assiduidade, ou o seu grau de abandono, podem ser aplicados nestes casos? Os professores a quem não é atribuída direcção de turma ou cujas tarefas não lectivas estão viradas especificamente para projectos no âmbito da sua escola, como poderão ser avaliados na sua relação com a comunidade? Como pode um professor não titular ser avaliado no item "função de avaliador dos outros docentes"?
– Não são considerados como itens de avaliação desempenhos que consideramos relevantes, como por exemplo: formação de professores; participação em fóruns de educação e/ou dinamização de projectos nacionais e internacionais; publicações de artigos, livros ou outros materiais didácticos.
– A Ficha de Auto - Avaliação do Docente, curiosamente a única que não conta com a atribuição de níveis de pontuação, parece nos estar desfasada da realidade em relação a vários itens. Atingir plenamente todos os itens propostos parece-nos tarefa proposta a um super professor. Por exemplo, um docente que lecciona uma turma durante 90 minutos semanais, uma vez por semana e que, em teoria pode leccionar 11 turmas diferentes, o que poderá corresponder a uma média de cerca de 275 alunos, deve ao mesmo tempo preocupar-se com o cumprimento do programa da sua disciplina, confrontar-se com a indisciplina na sala de aula, encontrar formas para ultrapassar os maus resultados dos alunos, encontrar formas de contribuir para a redução do abandono escolar e ainda no seu pouco tempo livre (que na maior parte dos casos é ao sábado) frequentar acções de formação com êxito. Ao mesmo tempo, deve desenvolver projectos na sua componente não lectiva, intervir junto da comunidade escolar, dinamizando actividades que envolvam a escola e as autarquias. Deve ainda participar nas estruturas de coordenação e orientação profissional e contribuir para o bom funcionamento dos órgãos de gestão da escola. Será tudo isto possível?
– A Ficha de Avaliação do Docente efectuada pelo Presidente do Conselho Executivo pressupõe, também, uma realidade inexistente. Mais uma vez nos encontramos perante um super Conselho Executivo que, para além da importante tarefa da organização de toda a escola, terá ainda que avaliar todo o corpo docente em áreas bastante diversificadas, cabendo-lhe também a avaliação de todo o trabalho dos Coordenadores de Departamento, de acordo com o último modelo apresentado, que não contempla o papel dos Supervisores do Ministério da Educação. Também aqui encontramos um super Conselho Executivo (nunca avaliado?) que vai ter o seu poder imensamente reforçado. Ao mesmo tempo que lhe é solicitado que avalie tanto os Docentes como os Coordenadores de Docentes, sem uma escala de graduação definida (onde terá, segundo cremos, grandes dificuldades), deve avaliar aspectos tão importantes como a equidade, o rigor, o empenhamento.
– A Ficha de Avaliação do Coordenador de Departamento é, provavelmente, a que nos levanta maiores dúvidas. Sabendo-se que a um departamento podem corresponder vários grupos disciplinares (por exemplo, existem departamentos de Ciências Sociais e Humanas que integram os grupos disciplinares de História, Filosofia, Geografia, Economia, Direito, Religião e Moral e eventualmente outros), como pode o Coordenador de Departamento avaliar a prática lectiva ao nível da correcção científico pedagógica e didáctica de docentes de outros grupos disciplinares, sendo este um dos aspectos que, em nosso entender, mais deveria ser valorizado na avaliação dos professores?

12 fevereiro 2008

Curso de formação para professores de História: Portugal na segunda metade do século XX – da ditadura à democracia

A DGIDC-ME, no âmbito da cooperação que tem vindo a estabelecer com a Associação 25 de Abril (A25A), informa que se encontram abertas as inscrições para um curso de formação dirigido a professores de História, subordinado ao tema: Portugal na segunda metade do século XX – da ditadura à democracia. Este curso, realizado em parceria com a Associação de Professores de História (APH), tem lugar no Porto e em Coimbra. Para mais informações e inscrição consulte http://www.25abril.org/.

Página da DGIDC.

Página da Associação 25 de Abril.

  • Formulário de Avaliação do Plano Anual de Actividades 1º Período